Também chamada de “uretrite”, a infecção na uretra pode ser causada por diferentes fatores. Alguns destes fatores podem ser relacionados às infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), sendo fundamental a prevenção.
Lembrando: a uretra é o canal que liga a bexiga ao meio externo do corpo. É por ali que passam a urina e o sêmem ao serem eliminados.
Esta infecção pode ser causada por agentes como bactérias e fungos. Os mesmos agentes que causam a infecção da uretra ainda podem acometer a faringe e o ânus, sendo a utilização de preservativos o método mais recomendado para prevenir a doença.
As uretrites com maior prevalência são as bacterianas, que podem ser gonocócicas, causadas pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, ou não gonocócicas, causadas por outros agentes, como a Chlamydia trachomatis, ureaplasma e micoplasma.
A forma mais prevalente da uretrite em homens é a gonocócica, a famosa gonorreia. Ocorre mais em pacientes masculinos por conta da contaminação cruzada, já que o canal da uretra é o mesmo para a eliminação da urina e do sêmen durante a ejaculação. Os principais sintomas são:
- Ardência ao urinar e aumento da frequência de micções (ainda que a urina tenha volume reduzido);
- Dor durante relações sexuais;
- Secreção purulenta pela uretra;
- Sangue na urina e no sêmen.
Como é feito o diagnóstico da infecção na uretra?
Durante a consulta com o médico urologista, o paciente deve relatar os sintomas, que geralmente são claros na uretrite gonocócica, porém, podem também ser solicitados exames de urina e análise de secreção de uretra.
Já no caso das uretrites não gonocócicas, os sintomas nem sempre se manifestam, o que dificulta um diagnóstico precoce e favorece a disseminação da doença. Por isso é importante fazer exames preventivos anualmente, buscando evidências de possíveis patologias como essa infecção para iniciar o tratamento o mais rápido possível.
Como é o tratamento?
O tratamento é em geral feito com o uso de antibióticos, que podem se estender aos parceiros que podem estar também infectadas (os). Afinal, as chances de transmissão pelo contato sexual são altas.
Saber o quanto antes é a melhor forma de cuidar, pois na falta do tratamento adequado, o paciente pode apresentar infertilidade e outras complicações. Se você sentir algum dos sintomas citados, procure imediatamente um urologista para diagnóstico preciso e início de tratamento.
Sobre o Dr. Rafael Malta
Médico formado pela Universidade UNIDERP-ANHANGUERA com Residência médica em Urologia no Hospital do Servidor Público Municipal de SP (2013-2015) e Observership em Urologia – Cirurgia Robótica em Detroit (EUA). Membro do corpo clínico dos hospitais Samaritano, Beneficência Portuguesa e Oswaldo Cruz e Professor da Universidade de Medicina Nove de Julho (UNINOVE) desde 2017. Atendimento em São Paulo-SP. Mais informações, clique aqui.
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